Diferentes,
mas iguais...
O texto
“modelo dos modelos”, de Italo Calvino, leva a algumas
reflexões sobre a questão das diferenças.
Acredito
que todos somos iguais e donos dos mesmos direitos, de sermos livres,
felizes, exitosos em nossa trajetória e, esses direitos em comum,
são justamente os que nos torna iguais.
No
entanto, percebo a complexidade de cada um, seja por suas crenças,
tipo físico, nossos desafios, experiências de vida e maneira de
enfrentar as situações. Vejo que isso nos torna tão diferentes...
A
beleza e o encanto do AEE está justamente nessa capacidade que ele
tem de oferecer ao aluno, uma alternativa diferenciada, que respeite
e leve em conta suas características pessoais, algo que,
infelizmente a escola, não consegue fazer, ainda que tente.
No
trabalho com o AEE é dada a oportunidade de o aluno ser diferente,
para que no final, possa ser o mais igual possível e poder se sentir
parte de um todo.
Nesse
sentido, creio que o texto nos leva a refletir sobre o que pensamos
do normal, daquele que não foge à regra, penso que talvez, o normal
não tenha tanto para nos ensinar quanto aquele que é diferente, que
pensa, que faz, que sente, que fala de uma maneira que não estamos
acostumados.
Nessas
pessoas eu vejo a oportunidade perfeita de mudar também, me
transformar, aprender e poder sair da tão falada “zona de
conforto”.
O
diferente só assusta por ser desconhecido, e por isso mesmo, gera
medo, medo de errar, de não saber lidar, e é nesse ponto, que eu me
sinto privilegiada, pois, ainda que eu tenha muito para aprender, sei
que quero e que posso conviver com o diferente, respeitando e
reconhecendo suas diferenças e, ao mesmo tempo, seu direito de ser
igual.
Até a próxima !