sexta-feira, 20 de junho de 2014



Diferentes, mas iguais...

O texto “modelo dos modelos”, de Italo Calvino, leva a algumas reflexões sobre a questão das diferenças.
Acredito que todos somos iguais e donos dos mesmos direitos, de sermos livres, felizes, exitosos em nossa trajetória e, esses direitos em comum, são justamente os que nos torna iguais.
No entanto, percebo a complexidade de cada um, seja por suas crenças, tipo físico, nossos desafios, experiências de vida e maneira de enfrentar as situações. Vejo que isso nos torna tão diferentes...
A beleza e o encanto do AEE está justamente nessa capacidade que ele tem de oferecer ao aluno, uma alternativa diferenciada, que respeite e leve em conta suas características pessoais, algo que, infelizmente a escola, não consegue fazer, ainda que tente.
No trabalho com o AEE é dada a oportunidade de o aluno ser diferente, para que no final, possa ser o mais igual possível e poder se sentir parte de um todo.
Nesse sentido, creio que o texto nos leva a refletir sobre o que pensamos do normal, daquele que não foge à regra, penso que talvez, o normal não tenha tanto para nos ensinar quanto aquele que é diferente, que pensa, que faz, que sente, que fala de uma maneira que não estamos acostumados.
Nessas pessoas eu vejo a oportunidade perfeita de mudar também, me transformar, aprender e poder sair da tão falada “zona de conforto”.
O diferente só assusta por ser desconhecido, e por isso mesmo, gera medo, medo de errar, de não saber lidar, e é nesse ponto, que eu me sinto privilegiada, pois, ainda que eu tenha muito para aprender, sei que quero e que posso conviver com o diferente, respeitando e reconhecendo suas diferenças e, ao mesmo tempo, seu direito de ser igual.






Até a próxima !






Um comentário:

  1. Muito pertinentes suas colocações Bruna , é uma luta diária de adaptações e readaptações para tornar o aluno do AEE , mesmo com suas diferenças ..mais perto de uma igualdade que a própria sociedade fomenta.

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